De novo
Essa mastigação burguesa e fútil
Esse aperto, em breve palavras
Dor angustiante na vida
Uma reviravolta na ilusão
Debaixo dessa poeira
Eu me escondo pateticamente feliz e debochado
Por achar que ando para um lado que me salvará destas verdades (in) falíveis
Esqueço ou contradigo
Catástrofes e frescuras enigmática s
Sou apenas essa porra que não sabe quando calar
E nem ao menos sabe impressionar no vale da morte
Tudo o que digo
Agora não parece ter tanto sentido
Frente ao discurso realístico da vida
Eu apenas brinco!
E por isso
Vocês não acreditam em mim
Mas sempre serei o seu torniquete
Drogado e besta
Todo esse nada me conforta
Pois apenas sendo ilusório, os fatos sorriem
Sobre o sofrimento de outros trabalhadores
E graças, eu sobrevivo...
Tire tudo o que quiserem de mim,
Eu só tenho a minha cabeça!
E um pouco de esperança plastificada
Sem objetivos
Sem metas
Sem muros ou cercas
Apenas muitas quedas
Nessas e outras,
Quebrar a cara e sentir-se culpado não avalia a dor
Nem sequer supri o resto desta angustia fumarenta
Seu conceito discursivo
(Des) conceitua a minha existência desistida
E imponentemente releva os acontecimentos
A minha idade e as outras imbecilidades
Equivoco-me
Ao não ter o que sonhar
Mas reflito e vejo
Que meus sonhos já foram roubados
E outros pontos fortes
Detonados
Então, nisso, eu vejo novamente À vontade
E A questão,
“Ainda quero/devo/necessito eu continuar a viver?”
CA-K:
05/05/2008
De que vale um homem viver se ele não exercer um diferencial?
Que importância o tem senão for cumprir com obrigações auto-realizadoras do seu próprio ego?
De que vale a sua vida, senão sabe nem como nem pra onde quer ir?
Tire o seu ódio de cima de mim,
...
Você nunca acreditara em mim mesmo
Eu sou seu torniquete...(...)
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