Sei eu como me sinto,
Desculpe-me se causei
Enorme sofrimento,
Com palavras doces
Que nem sempre condiz
Com as chances,
Arrependimento, sim tenho,
De não conceder-te
O que para mim, importa,
Sem dar o devido valor,
O relógio não perdoa
Que quase sempre nos causam dor,
Quem me dera poder fazer
O tempo desvanecer,
Aos instantes que nos concede
Alegrias,
O tempo que a nós impostos,
Nos distancia,
O tempo é um mero coadjuvante
Que isso fique claro,
Sou eu o vilão,
E você a mocinha,
Em um cenário
Que a censura não proibiu,
Decisão tomei,
Talvez a mais sensata
No momento.
 
Mas o tempo não nos condena,
Ele não dá opiniões,
Não interfere com palavras amenas,
São duros e temíveis como trovões,
Que com a menor trovoada que seja
Pegam-nos de surpresa,
E nunca temos tempo de se safar,
Quando nos damos conta
Somos nós mesmos a presa,
Como posso fugir?
Como posso me enganar?
 

São José dos Campos