Mas Morra

Os olhos do boi no abatedouro
A vítima em frente ao matador
O povo gritando em praça pública
A espera do golpe certeiro

Ele sabe o que lhe espera
A vítima, coitada, nem pondera
O povo se espreme e comemora:
É mais um que vai-se embora

Seus olhos brilham como ouro
Sua pele ferve com ardor
A longa história fez-se rúbrica
Um corpo caído num cativeiro

Marcas de sangue na primavera
Mais uma noite como aquela
A noite que se acaba agora
E o corpo caído ainda chora

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metafórico, não fala sobre a violência do mundo, mas entre os casais... nunca existem vítimas, nem culpados...

Mauri
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