Visto roupas,
roupas impostas
para que eu possa
passear na praça
e mesmo que nunca o faça,
que me feche, ou amofine,
visto roupas, para ser aceita...
por quem tantas vestes, veste,
para que "ele" venha assim sorrateiro...
fale de mim... 
e já no fim me defina...

Define, dando fim
no que sou,
levando de mim o que dou
e deixando de dar, me oprime...
num regime,
do que tenho que ser
do que não posso dizer,
coloca capas sobre mim...
me faz ser assim!...

E me veste, como se vestia...
como se algum dia
tivesse sido feliz!...


Eu insisto em investir
contra as roupas,
que embora poucas
expõem marcas...
trazem slogan do que sou
mas nunca, 
nunca deixam transparente
o que sou verdadeiro,
o meu eu por inteiro...

E assim meio demente,
plena ou doente...
então me cubro de seda,
fingindo também não ferir!

..."É que arde o medo, onde o amor ardia...eu me sinto tolo pela sua casa, pássaro sem asa, rei da covardia"...
Não lembro muito bem rs, mas é esta a música.

EM CASA PARA MUITOS SIMPLESMENTE, FREN