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Se a vida fosse um talvez;
e se o ódio que se liquefez
fosse o sopro do que o amor fez.
Então, o mágico encanto se desfez;
o mágico encanto, talvez,
da vida que se liquefez.
Se o tempo urge pra vocês.
Se um instante demora um mês.
Se a veste não revela a tez.
Então, o que se quer dessa vez
é que a pele se desnude, talvez,
todos os dias, de vez.
Se sou ilusão descortês,
da vida que não se vive a três;
se você quis fazer, e não fez,
freguesia mesquinha com o freguês.
Então, eu desci uma linha, não seis,
Buscando a folha despetalada, talvez.
Nijair Araújo Pinto
Viajando de Fortal para o Crato (no ônibus)
11/02/07, 22h53min
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