alma, do coração, faço um pedido, comovido,
quem me dera absorver tua cultura e tua paixão.
Mais fácil esquecer, no cotidiano, o teu valor,
e em si mesmo pensar, que de ti, só levo flores, lágrimas, e um passo a mais, na marcha do mundo,
não me chamo raimundo, raimunda,
nem mesmo Drumond, Cortázar, Borges, Miranda,
sou apenas eu, robespierre,
que ensandecido, matei milhões,
e cumpro, todas as tardes,
o dever do espelho,
pois encontro, sempre, aqueles que vivem do lixo,
e me descubro, e me desvelo, só.

uma questão de caminhar juntos.

Bagé, 08 de dezembro de 2006