A vida é um soprinho
É marcante como o vinho
São provas constantes
Uns superam, outros nem tentam molhar os lábios por instantes
A vida são momentos velozes
Fragmentos que passam a quinhentos
E em alguns momentos
Nem nos lembramos de pensar no tempo
E no que ele nos trouxe
Não aproveitamos os ventos
Andamos a mil e duzentos
Esquecemos que hoje sopram
Amanhã secam os campos
E nem damos conta dos que perdemos
E de outro tantos
Que nos escapam da palma da mão
E deixamos ir em vão
Perdemos muito tempo com chatices
Com coisas vagas
Sem nexo e de cariz perplexo
E o amor pelo outro?
E perceber qual o nosso propósito aqui?
Sei que muita gente me respondia:
– Não sei o que é! Nunca vi!
– Temos um propósito na vida?
Pois! Meus queridos! Eu acredito que se vivemos é porque temos algo de bom para dar. Nem que seja por um segundo.
E se há coisa sem preço, é o amor, respeito e a consciência sobre a almofada onde me deito.
Viver é único!
Para mim viver é:
Ser livre! Poder rir muito, elogiar, amar sem cobrar. Amar do coração e da alma, sem intenções manhosas e espinhos nas rosas. Sem cactos nos factos, receber com as mãos e os braços. É acarinhar, estender a mão, ajudar este mundo e outro meio sem segunda intenção. Trazer a sinceridade nos olhos e colher a felicidade aos molhos, seja a tua ou dos mais zarolhos.
Vejo a vida como um oito ou oitenta. Nem vejo sem sal, nem pimenta. Vejo com açúcar, muito açúcar, muita doçura. Ela tem que ser um bom momento para todos. Ninguém merece mais ou menos que eu. Merecemos todos viver, crescer, respirar e sonhar. Sonhar muito. Todos merecemos este mundo. Se tiveste a oportunidade de nascer, aproveita!
E para ti, o que é a vida?
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