Bondade nos olhos – Não mentem, nem que seja em vão

Bondade nos olhos – Não mentem, nem que seja em vão

Os olhos transmitem sinais
São vias de comunicação esguias
Neles saltam a emoção e razão
Pulsam, pulsam, pulsação
Não mentem, nem que seja em vão
Unem-se ao intelecto
Focam longe ou perto
Mostram-te o lado certo

Azuis, verdes, castanhos,
Sente-se o risco de água que os cobre
Alma nobre
E se falam sobre
Espelham o bom
Seja com som
Silêncio marrom
amarelo clarão

O olhar mostra-te limpo
Cada desvio é um rio
Seca no calor
Esbagoa no frio
Como uma uva
Deixa-te vulnerável, luva
Nem a pele enruga

Os olhos falam
Calam e abalam
As captações
Mundos e fundos
Piscam em segundos
E tudo em ti processa
Como se fosse uma peça

A bondade vê-se
Sente-se pelos poros da pessoa
E quando a alma é boa
O eco vem e entoa
És abençoado
Não é à toa!

Jorge Ferreira
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