Eu quis acreditar que era real. Ilusão.
Deixei minha mente aberta para os extremos,
Nada adiantou... Minhas falhas, sempre uma decepção.
Tuas exigências e crenças, necessários remos...

Eu amei tanto e tanto...! Eras um universo!
Mas isso parecia incomodar, gerar pressão...
Dei espaço, respeitei, crendo em mudanças. Foi o inverso:
Mais distanciamento e frieza, nenhuma solução...

Críticas ferozes a tudo o que eu representava:
Ideias, atitudes, características e mesmo a paixão...
Eu acreditei que os erros eram todos meus. Uma trava
Que bloqueava o acesso ao teu coração...

Tudo o que eu fazia era errado, mínimo, mau...
Tudo o que fazias, maravilhoso e cheio de realização.
Será que os outros assim viam também, afinal?
Ou só era impossível alcançar a tua emoção?

E no fim, fiquei sozinho e acreditando nos erros.
Lixo entre o lixo e descartado em vis aterros...
Sem contato algum, como se tivesse trazido danação
À tua vida, e chutado cruelmente como se fosse um cão...