Um velho atravessando a rua.
Um velho de boné,
Com uma pequena bolsa de couro, preta, na mão.
Um velho parecido com Neruda.
Um velho pisando nos para lele pípedos,
Carregando a manhã cinzenta para casa,
Onde o espera uma mulher velha.
Quando todos os dias serão cinza.
E o vento agita as árvores malvestidas.
José Cassais
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