Quando poderei me preocupar com o Eu
Se tudo parece demandar que seja sobre os outros?
Não serei digno da minha própria atenção,
Sendo que ninguém mais me dará e nem me deu?

Dizem que eu fiz alguém aqui e acolá chorar...
Mas ninguém viu quantas lágrimas amargurei;
Quanto sufoquei de mágoa, ódio e rancor...
Estive só, como o peixe que está no aquário sendo do mar.

E então, se eu cogitar meu benquerer, é egoísmo,
Mesquinhez profunda e egolatria...
O universo tende a ignorar a todos, então eu devo isso
A mim mesmo, sorvendo do comportamento do cinismo?

O nunca é tão presente e traz imenso cansaço...
Então a vida é anular-se à todas as circunstâncias e problemas
E passar por cima de tudo, estando na névoa
Obscurecido, mas iluminado por um sacrifício que fere como o aço?...