A Escuridão Que Ofusca A Luz

Diante aos acontecimentos antecedentes
Prefiro nem argumentar.

Às vezes o melhor mesmo é se calar
Deixar acontecer, e o tempo simplesmente passar,
Mas há coisas que são impossíveis de se esquecer
Nossa história macabra, de uma passado que se faz presente
Que a cada dia parece reviver, e me faz crer
Que é memso o fim e a perdição evidente
Um naufrágio, um dilúvio provocado agora por um mar de gente.

E metaforizando as coisas
Há milhares de pedras no caminho
Teias de aranha nas paredes
E ninhos de rato no porão,
Essa é a baderna que eu encontro
Dentro de cada coração
Que ainda me atrevo a entrar.

E por falar de coisas que nunca passarão,
Me lembro de hiroshima, da ditadura militar, da escravidão,
Uma pombinha branca sem lugar para pousar
O homem sem vestígios de amor na escuridão a vagar.
A corda no pescoço de quem é condenado
Por um pecador comum que vive no pecado.

Mas por que tem que ser assim
Se viver é algo tão bom,
por quê às veses dói tanto em mim
Por que eles agem como ignorantes
Se são capazes de raciocinar e descobrir
A cura para várias doenças mas não conseguem curar a enfermidade que os lva a destruírem uns aos outros?
Todos os dias eu tento descobrir a razão
De haver tantos erros, tanta desilusão
E chegao a uma conclusão:
Assim como Sócrates, "só sei que nada sei."
A nenhum consenso cheguei.

A felicidade às vezes é uma ideologia pra mim
Nem sempre a vejo como uma escolha de vida.
Muitos nem sabem trilhar este caminho
Pois já se cansaram de se machucar, pisando em corações cujo solo era composto por espinhos.
Muitas vezes a felicidade sim é quem nos escolhe
E é ela que nos torna ricos ou pobres
Porém eles estão ocupados demais construindo bombas e se armando
Para entender que no fim ninguém é o vitorioso da guerra,
Pois no fim, todos irão ficar não por cima, mas sim por debaixo de toda terra que tanto lutaram para conquistar.

por Júnio Liberato

Poeta Junio Liberato
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