É um sentimento vago

sobretudo, pelas andanças rústicas

Caminhadas agrestes, longe dos barulhos

que se fazem, que também não se ouvem.

 

É o pesar de uma consciência híbrida,

tímida, guardando o mínimo possível do que se tem

como coerência.

 

Há aqui um bom senso:

Se não me conheço agora, conhecer-me-ei pelo menos na

dificuldade escolhida com muito critério.

 

Eis ali um erro bobo:

Ser apenas imagem e ter tudo que não é útil,

é forte ilusão que machuca só depois de muito sangrar.

 

São coisinhas aqui, ali, coisinhas que não se podem ao certo

desfrutar. São pequenas coisas que os olhos nem de perto puderam

se ater.

 

É um vazio profundo, quase um clímax:

Um espaço morto, mas uma alma viva!

 

São sentimentos e mais sentimentos,

são energias vivas de um tempo que foi tudo.

São lembranças caóticas de um passado absurdo, mas

de um aprendizado quase que absoluto.

 

É a vontade viva a gritar:

Quero viver! Quero viver!

 

É o segredo de tudo, de tudo que não se pode saber,

É o amor, energia criadora, fonte de tudo que existe,

de tudo que eu não sei dizer. 

 

Diego de Andrade
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