Temos o amor como sonho, mas ele é contradição:

O sentimento puro e infinito, o qual é tão idealizado,

É fruto de um romantismo, que hoje, é ultrapassado

E nem de longe trata-se de como realmente é tal emoção.

 

O amor humano não é infinito e ama, em suma, multidões.

O amor e a paixão, combinam-se nas nuances sexuais

Que compõem a vida dos homens e só encontram finais

Quando satisfeitas; caso contrário, entram no rol das desilusões...

 

O amor que sonhamos não é real, não existe:

Está na esfera do impossível, um otimismo da utopia

Para alentar-nos de um mundo que é podre, feio e triste...

 

Estou sendo pessimista? Não. Apenas constatando o amor.

Quem já viveu o amor universal e supremo, provou tal alegria?

Esta emoção engana: tem seu lado bom, mas também traz seu horror...