Enquanto Houver Bambu, Lá Vai Flecha!


Enquanto houver bambu, lá vai flecha
Poema por ocasião de frase dita por Rodrigo Janot
 
“Desta sua intenção ninguém pode duvidar / Talvez mais tarde venha a melhorar / Só sei dizer que escureceu / Mas não choveu, não choveu, não choveu” – Elizeth Cardoso
 
Se agora as araras já não voam
E às escuras se motivam mil pechas,
Me dá ânsia as palavras que ora ressoam...
Enquanto houver bambu, lá vai flecha!
 
Já não vejo à mata a alegre matraca
De aves coloridas com penas, mechas,
E se a ibirapema ao braço se atraca,
Enquanto houver bambu, lá vai flecha!
 
Preparo minhas armas: a borduna,
A zarabatana, e na mata à brecha
Procuro os vilões da nossa fortuna,
 
Os que sangraram o povo em lamechas,
Ah! Não escaparão pela laguna!
Enquanto houver bambu, lá vai flecha!