Acaso e Consequência


 
Um olhar, uma pergunta, uma resposta
Consequências de tudo
Monstruoso e perverso acaso
 
Prendo-me às inúteis correntes da coincidência
Insisto em percorrer os mesmos caminhos
Em fazer as mesmas coisas
E lembrar das mesmas pessoas
 
Consequência maldita esta minha solidão
Por que não me assola alegria?
Por que se esconde felicidade?
 
Deixei-me sob influência do acaso
Dediquei meus minutos preciosos
Sonhei, imaginei, relutei
Mas perdi minha vida
 
Por que escrever estas palavras
Se lá no fundo são todas
Uma só consequência?
 
Por que seguir lutando, caindo e levantando?
Por que pensar se é acaso ou coincidência?
Por que deixar de insistir na mesmice?
Nada, talvez seja apenas consequência...
Ou só o acaso mesmo!

Gustavo Dias de Sousa
© Todos os direitos reservados