Enquanto estou no ônibus, penso na vida
Pessoas vêm, pessoas vão, em fila
ônibus chegam, partem, todo santo dia
Olho, vejo paisagens pela janela
Passando velozes, são capítulos de novela
Fotografando meus olhos, como flashes na tela
Vejo respingos pessoais, instantes na aquarela
Por que estão ali? nas ruas, praças e esquinas?
Mas Brasília não tem esquinas, somente estrias
Muito menos praças, só áreas verdes sem graça
Por que, pois, as pessoas vão e vêm apressadas
Apertando o passo, como que trespassadas?
Não posso dizer, jamais saberei
Mas posso conjecturar.
Como estas vidas
Um dia serei
Solitariamente eu...
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