O mundo respira sob as águas plácidas dos oceanos
Metamorfoses que costuram o tempo sem tempo
De aconchegar-se perante a doutrinação metafísica...
As horas correm no embalo das estações heterogêneas
Inundando as carcaças de uma atmosfera inconsequente.
 
Os ruídos atravessam as aurículas dos viventes ressabiados
Diante das inundações que sofre o ambiente natural...
Os ventos proclamam destruição sobre uma ecologia frágil,
Dementada pelas ações que violam a originalidade espacial
E trazem como prêmio as intempéries que assassinam o sadio.
 
Enfermidades corroem a saúde dos que trilham as avalanches
Do solo excessivamente bronzeado pelo calor violáceo do sol
E uma seca sem precedentes nomeia a destruição dos campos
Já capengamente desnutridos pela ausência do líquido que é vida.
Assim perecem indivíduos sem a noção exata das arbitrariedades.
 
A ambição e a falta do respeito acomete a existência pouco a pouco,
O sangue que jorra das veias dos organismo vivos está estropiado,
Amalucadamente incolor e portador de viroses e bactérias letais
Que comungam da insalubridade que as consciências temperam
E fazem dos jardins, um dia edens, pandemias que saciam a morte...
 
E o mundo já não respira oxigênio, mas substâncias que atrelam
Adversidades que contaminam a extensão infinita do universo...
Nas paisagens destruídas proclamam-se o destempero das nuvens
Que deságuam veneno e comovem as enxurradas descontroladas
Que abatem o silêncio e transformam o dia em noites hediondas!
 
 
 
 

 
DE  Ivan de Oliveira  Melo  

Ivan de Oliveira Melo
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