Olho o mar


Que eu preciso singrar;


Olho para trás,


Olho para mim:


O horizonte


É uma miragem,


O tempo


Não tem principio


Não tem fim.


O passado é um cais


Que se distancia


Cada vez mais,


O futuro


É o porto seguinte.


Vou vencendo horizontes


Ao revés do vento,


Não sei se chegarei


Ou naufragarei


Em meio às tempestades


Nas águas do tempo.

Nair Damasceno,

 


 

Nair Damasceno
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