Ébrio por amor.
De gole em gole iam-se minhas culpas
Meus pecados eram vãos
Que de tantas goladas excursas
Vazia era a minha razão
Meu ego me assumia, era meu eu
Condescendente às escuras
Com tão nobre pudor que não era meu
Tão ébrio voava ao além, às alturas
Juras e juras, de ninguém mais, de mim, só
Incapaz! Somente! Só mente e desmente
Qualquer razão de outra lucidez sem dó,
Era eu o dono, sem ser, novamente
Ia-se a glicose, surgia o sono quase o desmaio
Cambaleava sem rumo por uma linha imaginária
A reta na mente, não era a do corpo em ziguezague
Tornava-me uma alucinação de uma vida lendária
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