Enchanté

Como é amar no viver de referências,
Onde somos degolados pelas experiências?
Como é julgar o tempo, sem poder imaginar:
O tormento da barganha do curioso desejar?
 
Inacabado é o labirinto do nosso destino...
É emancipar os achismos do nosso pensamento
E renascer de todas as prévias percepções sensoriais,
Projetando-se na própria essência da certeza.
 
Quando a confiança dada e conquistada constituir o ser,
E quando descobrir o mel for desvendar o próprio doce,
Não existirá um segredo tão vedado sem perceber...
 
Que minhas palavras tem corpo e gesto,
Surge quando nossas pálpebras vão de encontro,
E passamos a sentir o toque e o movimento. 

fotógrafo: Blake Little