Ateei fogo em todo meu dossiê...
Nada partilhei com meu âmago,
Talvez tenha sido eu um vândalo,
Mas tudo isso fiz e não sei por que...
 
O tempo deixou muitas rachaduras
E amarelou o que era meu furdunço,
Notas albergues com perfis jagunços
Denunciavam-me falsas partituras...
 
Meus olhos ardiam perante a poeira,
Não havia rótulos e afecções pioneiras
E minha história virou cinzas no ar...
 
Certamente o tempo tudo renova,
Não guardarei o que possa ser outrora,
Pois, passado é museu e quero sonhar!

Ivan de Oliveira Melo
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