DA AMIZADE CONSTANTEMENTE PRESENTE


Vieste como há muito eu já esperava,
De tão presente que posso te sentir nas brisas;
Em cada sussurrar que o vento sopra...
Tu já eras parte de mim sem qu’eu soubesse;
Sem qu’eu percebesse, tu me fazias falta_
Falta essa que dilacera o meu espírito irrequieto.

Ah, pobre coração, tu não agüenta 
Uma nova paixão avassaladora e intensa!
Resista o quanto antes para não sofreres,
Reveja todos os outros exemplos anteriores_
De tão dilacerado tu te encontras fraco,
O teu poeta não suportaria tamanha dor...

Vem criar hoje mesmo um horizonte
Qu’eu possa enxergar estando de olhos fechados!
Como é bom ter-te ainda que não presente,
Sentir-te sem nunca poder tocar-te antes...
Tu já se fazes presente nos meus dias conturbados,
É a tua presença que me tem fortalecido...

Encontro-te quando me pego pensativo,
De tão bom que já não sinto o cruel sofrer,
Todas as divergências são deixadas pra trás;
Todos os medos são superados agora,
Já que tu estás em mim e eu não sei disso_
Queria apenas que tocasse o meu rosto refrigerando a minh’alma!
 

Jairoberto Costa
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