Quando tu morreres
Botar-te-ei
Em teu buraco
Que não será largo
Já que dizes seres magro.
Botarei uma placa:
Aqui jaz, O Coronel Cintra
Genialíssimo poeta
Pernambucano cabra macho
Que possuía dentro de si
Uma terrível fera
Apresentada como Quimera.
Eu como amigo do Coronel
O único baiano macho
Até depois do meio dia
Digo, atesto e afirmo
Esse pernambucano
Era uma vassourinha
Gostava da putaria.
Pegava todas debaixo da ponte
Que liga Petrolina a Juazeiro
Arregaçava as pernambucanas
E das gostosas baianas
Ele comia o pimenteiro.
Cordelista juramentado
Comparado a Patativa
Arregaçava no cordel
Valente igual a lampião
Mestre nas desistências
Depois de muitas tentativas.
Valeu Vizinho.
Você é fodinha
Já que foda
Era seu saudoso pai.