Se o rio de contas está doente

A gente aponta focos poluentes

Mas fica indiferente

Se o rio de contas morre de desgosto

Porque em seu leito corre esgoto

Ao invés de água transparente

 

Agua que se desmancha

Agua que se refaz

Agua que tira mancha

Agua é rara demais

 

Agua que eu lavo roupa

Agua que eu lavo louça

Parece que nunca acaba

Por isso que eu dou descarga

 

Agua inodora que evapora agua incolor

Agua insipida agua gera a vida gera o amor

Agua que evapora e a gente explora sem pudor

 

Se o rio de contas pede socorro

Se o rio de contas pede ajuda

Se o rio morre tambem morro

Se o rio morre tudo muda

Se o rio morre morre o verde

Todos morrerão de sede.

LUZIANE SOUZA (Luh Pereira )
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