Oh dor que rasga com tredo o meu viver

E lasciva pouco a pouco minha alma

Escarne e magoa do íntimo trauma

Que a saudade não me deixa esquecer.

 

Oh cálice derrrisor de minha alegria

teu Veneno frio, me entorce as veias.

Como uma aranha em suas teias

Sinto o teu fúnebre abraço de agonia.

 

Quero o silêncio dos escuros,

A fuga de um momento de ansiedade

Fugir das paredes destes muros...

 

E no esquife,meu último transporte

Quero esquecer tua saudade...

Mostrar minha cara em minha morte!

 

Carlos Cintra
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