9

Aprisionado nessa rigorosa ilusão;
Afundado nesse terrível fosso,
Ignorando todos os acontecimentos
Sofro o pior de todos os baques,
Mas se me escondo de tudo,
É porque despedaço
O que o meu coração venera,
Correndo atrás dos desejos perigosos,

                         10

Sem receio de nenhuma proibição! 
Pois saiba, ó minh’amada,
Que toda paixão machuca,
Tu mesmo não suportarias
A dor que agora rasga o meu peito,
Ela também é prazerosa,
Tão sedenta de amor,
E cheia de esperança mútua.
 

Jairoberto Costa
© Todos os direitos reservados