À Poesia

 É a poesia, musa exigente
a nos cobrar tantas  e quantas obrigações:
concordâncias (mesmo nas discordâncias) e pontuações,
verbos, adverbios e preposições,
antropomorfos, neológicos e derivações.
o que mais essa feitora ainda quer da gente?
 
Mas, segue esfaimada nas imposições,
a arrancar-nos os discursos mais eloquêntes
e pede versos adversos, inflamados, quentes,
e os quer novos e arrojados; os quer diferentes
e faz questão que sejam coerentes,
todos repletos de inspirações.
 
É assim a poesia, tão serena e calma,
mas a calma, do poeta, é só aparente,
pois, é a poesia, uma amante ardente,
que, com volúpia, com paixão e com amor latente,
nos envolve e nos possui, tão completamente,
que simplesmente, nos exige a alma!

Hoje, fazendo poesia...

BRUNO
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