Quanta amargura neste sabor tão doce e embriagante...

Conto as horas com o tédio aborrecedor dos apaixonados,

Que só desejam passar os dias ao lado da pessoa amada

E todo o resto do mundo parece não existir ou ser alheio à alma.

 

Se se fala de amor vendo apenas o seu lado bom, és cego.

O amor é como o absinto: Amargo e doce ao mesmo tempo.

Mata aos poucos o espírito em ambos os casos, entretanto...

Porém, há o prazer da descoberta, um êxtase frenético no amor.

 

Todos nós bebemos desta bebida que é tanto antídoto quanto veneno.

Todos nós sentimos deste sentimento que é tanto cura quanto doença.

Amor e absinto: Qual alma define o que vós dois sois, enfim...?

 

A verdade nua e crua é que não há verdade; ambos são únicos,

Assim como é único o sentimento e o paladar a senti-los...

Amor é absinto e não o é. O absinto não é amor tóxico, mas pode ser...