Eu não sei se eu sou o único tolo à (as vezes...só às vezes) gostar daquilo que ele mesmo escreve. 
Mas o presente comentário, eu fiz na poesia “Nunca” da magnífica e doce “Vovó Isa”:
 
 
Querida amiga e doce Poetisa.
Já eu, sou mestre em perder o que não tive!
e de perder o que não tem, esse poeta vive
de não ter tudo o que perde, mas precisa.

assim, perdi: razão, vergonha e graça;
e oportunidades que não tive e nem tenho,
e o que não consegui, com tanto empenho.
também não tive tempo e o tempo passa.

perdi a esperança e não esperava,
e a vida, enquanto ela passava,
perdendo assim momentos, não vivi,

enquanto o que eu não tinha, me escapava.
e assim, perdendo ao que me faltava,
e a tudo o qu'eu não tive e já perdi.

(eu também me perdi na gramática. Mas me encontrei na tua inspiração)

Gostei demais!
Justifico:
 
Eu tenho uma ENORME facilidade para escrever...isso eu tenho!
O que eu não tenho é inspiração ou talento.
E assim, vivo secretamente (e, aqui, à minha mais secreta confissão...), vivo secretamente, a perambular, sorrateiro, entre às magníficas composições de inspirados poetas, a absorver (como um vampiro), dos outros, aquilo que me falta: A tão rara e valiosa inspiração...
 
Criatura abjeta e espectral sou eu que, vagando subliminar entre os inocentes e desavisados viventes, vou (indevidamente) apropriando-me de sua energia vital (tão vital à minha própria energia).
 
As desprotegidas Verônica Miyake e Nair Damasceno, estão entre às minhas vítimas preferidas.  Eu poderia citar nomes (como: Xama, Botacini, Vinicius, Hinah (embora essa, tenha, com muita frequência, ultimamente, me deixado sem o valioso suprimento), Ronaldo Russo, Bia Leal, Bueno, Praciano,  Eloisa Neves...), mas não vou citá-los, pois seria terrivelmente injusto com tantos outros que eu já “vampirizei”. 
Enfim... a lista é interminável.
 

BRUNO
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