O que não destrói

Lágrimas de uma alma em pranto
Borrando o manto da sua história
Inundando de mágoa a memória
Mudando pra barulho o que era canto

Dias ensolarados se nublando
Por nuvens de um paraíso atapetado
Deixando o azul do céu de lado
E flores coloridas vão murchando

Sobre músicas então refletir
Sufocar em acordes que trazem a tona
De um cérebro a mais frágil zona
Que não há como pra si mesmo mentir

Mas aquilo que não mata o fortalece
As trevas em que é obrigado a caminhar
Aos poucos começa a clarear
No processo de que tudo que sobe desce

E agora com um coração totalmente purificado
Blindado daquilo que o contamine
Vive na certeza que dias melhores o ilumine
Seja andando sozinho ou com alguém do lado.

Tiago VTr
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