Se ergue o mar e a onda que levanta,
Ultrapassando o quebra-mar.
A tudo devora e quebra, o mar,
quee, às coisas humanas e vis, suplanta.
e no extenso litoral que desfalece,
Sucumbindo, à sua fúria tormentosa,
todo animal, humano ou rosa,
E todo o mal, enfim perece,
E todo o bem, lamenta e geme,
Vozes mudas, olhos se arregalam,
Todo joelho, enfim, se dobra,
O vento ruge e se abate e a Terra treme,
Enquanto os continentes se abalam,
E, ao fim, nenhuma vida sobra.
Foi-se toda a Terra e todo o povo,
E toda a vida enfim partiu,
mas, tudo o que era e sucumbiu,
Ainda há de ser de novo.
pois, eis que em novo amanhecer,
ferida a besta e morta a fera,
tudo o que foi, que ainda era
E já não é, mas, volta a ser
Contempla à vida, a renascer.
No limiar, da nova era.
E o mundo vê, se persevera,
A vida nova, a florescer...
`Perdoe poetisa.
Não resisti a comentar o belíssimo texto.