Manhãs, às vezes tardes,
As cadeiras me têm
De pernas cruzadas,
Enquanto outros esperam
Com olhar distante.
Por onde anda a saúde
Que gozavam antes?
O médico demora,
Uma criança chora,
Alguém vai embora.
O preço da vida está
Pela hora da morte.
Me achego à companheira
Sentada ao meu lado.
Cruzadas palavras me ajudam
A cruzar o tempo quase parado.

Enfrentando a tediosa rotina dos inevitáveis consultórios médicos.
Jota Garcia
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