IMAGENS . . . SEMPRE PRA SEMPRE

IMAGENS . . .  SEMPRE  PRA SEMPRE

 

Minhas   imagens,   sempre  pra  sempre,    

na  quase    obscuridade   negativa    do   refulgir.

Restritas     em    vertentes    opostas, 

ainda   que,   de  similar   realidade. 

Meus   intentos    desfeitos   

ao    desamparo    das   referências,

aniquilando    horizontes. 

Ah !  A  bela sinfonia  que lenta,  já  breve   emudece ! 

E  meus  santos,  deuses   e  anjos,  todos  tão  pagãos, 

apesar  desse  meu   tão   crédulo   espírito.  

Além  dos rituais  inócuos   de   uma   tribo  de desejos, 

passando   por   esses     umedecidos    olhos, 

que  não    creem    no   que  vê, 

só  no  que provoca  pranto. 

Quando  . . .    encerrados   livres:  a   impressão   

do  silêncio  barulhento  dos  inocentes,  

tal   qual   o    vazio  culpado   das   multidões, 

crivos  dessa  erosão   interna, 

que  ecoam    pelo   drama    adentro.    

Tudo    encenado    num   palco   ilhado,  

de  vida   no   além  do  transverso  pelo  inverso.

Quanto  ao  amor ?  Ah  o  amor !

Escorreu  pelas  frestas,

nas    ausências   e   invernos,

por  invernos   e   ausências,

à   beira  de  mim   mesmo !!!!!!


 

versejando ( ao estilo de Pessoa )
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