Minhas imagens, sempre pra sempre,
na quase obscuridade negativa do refulgir.
Restritas em vertentes opostas,
ainda que, de similar realidade.
Meus intentos desfeitos
ao desamparo das referências,
aniquilando horizontes.
Ah ! A bela sinfonia que lenta, já breve emudece !
E meus santos, deuses e anjos, todos tão pagãos,
apesar desse meu tão crédulo espírito.
Além dos rituais inócuos de uma tribo de desejos,
passando por esses umedecidos olhos,
que não creem no que vê,
só no que provoca pranto.
Quando . . . encerrados livres: a impressão
do silêncio barulhento dos inocentes,
tal qual o vazio culpado das multidões,
crivos dessa erosão interna,
que ecoam pelo drama adentro.
Tudo encenado num palco ilhado,
de vida no além do transverso pelo inverso.
Quanto ao amor ? Ah o amor !
Escorreu pelas frestas,
nas ausências e invernos,
por invernos e ausências,
à beira de mim mesmo !!!!!!
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