Toco-lhe as teclas máquina dormente
Velha, poeirenta e abandonada
Foi charmosa esta minha namorada
Nos meus idos tempos de escrevente
Agora por um momento despertada
O frenético ritmo, alegre e ardente
De outrora lembras, máquina dolente
E a tua alma arrepia acordada
Saudoso me transporto embebido
À mocidade e já te ouço trabalhando
É linda música que vem aos meus ouvidos
E eu quero ouvir no meu derradeiro
Momento de corpo e alma suspirando
O som da máquina que usei primeiro
www.sergionespoli.recantodasletras.com.br
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não use-o comercialmente
- Não crie obras derivadas dele