ODE A MULHER DE LISBOA

 
Ah! Mulher de Lisboa
Que beleza!
Quando tens
Esse ar de tristeza
És como sereia
Em mar profundo
E revolto
Onde se semeia
A branca espuma
E se esfuma
A confusão do amar.
 
Mas quando alegre
És como o fado
Transformado
Em fandango,
És a fúria do tango
Carregando febre
De amor e luxúria.
De ti mulher de Lisboa
Tenho a miragem
Do requebre dolente
A imagem do fetiche
De moura esquecida
Nos cálidos odores
Da noite perdida.
Ah! Mulher de Lisboa
Que silhueta tão boa
Que sonho, que sedução
Que alegria do meu coração!
 
 
 

Ezequiel Francisco
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