Assim que o vento da noite soprou nas palmeiras, ela com as mãos tremulas e vacilantes tateando a terra umedecida pelo orvalho frio daquela primeira noite de outono, seus olhos contemplavam um futuro incerto fazendo-a se sentir insegura e abandonada, fazia apenas algumas horas que o destino lhe tomará um pedaço de seu coração e a dor já lhe consumia.

Assim permanecia sentada na terra que a pouco sepultara uma parte de sua vida, pensamentos lhe assombravam e lhe consumiam.

A noite agora se fazia adiantada,  estando a um passo da madrugada e o orvalho agora, ja não era mais gélido como antes, parecia compadecido se esmerando para confortá-la, acompanhado pelo sussurro do vento, cantava uma bela canção em seus ouvidos, contando-lhe uma bela historia de amor trazendo-lhe de volta a vida e a alegria.

 

 

Cesar Garcez
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