A opulência e a miséria, uma ao lado da outra
Contrastam fortemente aos olhos de todos
A opulência do estado e a miséria de seus eleitores
Enquanto trazem as últimas novidades em tecnologia
para usá-las nas modernas eleições
Trazem as últimas notícias em estatísticas
Que orgulhosamente nos igualam aos Afeganistões
A opulência do estado e a miséria de seus eleitores
E lá se vão todos, moradores dos rincões esquecidos
Pelo estado, como ovelhas se dirigindo ao matadouro
Obrigados a irem comtemplar o desperdício de seu ouro
Para logo mais retornarem à exploração ainda meio vivos
A opulencia do estado e a miséria de seus eleitores
Metem nossas mãos no leitor biométrico para nos recadastrarem
Fazem a água cair em cascatas de cima do prédio até embaixo
Mas metem a mão na educação que poderia aos jovens da periferia ajudarem
E nos remédios daqueles que agonizam nas filas dos hospitais, eu "acho"
Mas tudo isso é um deliberado plano que consiste em deixar-nos doentes
Sabotando a saúde propositalmente,
Deixar-nos inseguros com as guardas municipais desarmadas e sucateadas
Sabotando a segurança pública propositalmente,
E deixar-nos iludidos, alienados e incapazes de descobrirmos isto
Sabotando a educação pública propositalmente
A opulência do estado e a miséria de seus eleitores.
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