E... o ancião chora

E... o ancião chora


Caminhava taciturno o bom velhinho
Do aprisco das ovelhas pra seu lar
Quando ouviu um murmúrio bem baixinho
Dum casal, mais além a se arrular

Recordou da juventude o seu viço
De seu tempo varonil que passou
Hoje, só restou a lembrança disso
O tempo já tudo, tudo aniquilou

No silêncio continuou a caminhada
Pensando em velhos tempos de outrora
Em que era outro, homem que é agora

Quedou-se mudo no meio da estrada
Ponderando como a vida é compilada
E olhando as estrelas, o ancião chora !

São Paulo, 02/08/2013
Armando A. C. Garcia

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ARMANDO A. C. GARCIA
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