Simone Bittencourt de Oliveira

Simone Bittencourt de Oliveira

acostumei com sobras de mim,

consolei e não vou olhar mais

Nunca mais te olhar,

não ver teu olhar,

Não te ver mais.

Esquecer desalento em me ver,

Na tua frente.

Não incomodar,

nunca mais.

Aliás,

dias te olharam,

te conheceram?

Ao passado,

apagar memória de você.

passaremos,

ruas,

dois estranhos.

Please,

não se encante comigo,

de novo,

Não me espreite,

assim,

por trás do nada,

como quem não quer

Não recomece,

please.

Jogue toalha.

Desatina.

Essa história de destino e tudo mais.

Agora,

prefiro saudade furtiva,

lágrima furtiva,

que,

disfarçadamente,

limpei com dorso da mão,

dia de chuva torrencial,

perdida esquina,

que fiquei,

esperei E esperei,

desesperadamente esperei,

Que você olhasse,

mais uma,

Pela última vez,

olhasse-me,

fosse assim.

HOMENAGEM PARA SIMONE, INTÉRPRETE MAGISTRAL DE “ENTÃO ME DIZ”, VERSÃO DE ZÉLIA DUNCAN, DE BLOWER’S DAUGHTER, AUTORIA DE DAMIEN RICE. E um pouco de Código 46 ("Code 46"), de Michael Winterbottom; ou Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (“Eternal Sunshine of the Spotless Mind”).

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Claudio Antunes Boucinha
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