Certamente que há muita beleza no mundo... Mas eu posso ver?
Dúvidas materiais e incorpóreas. (Onde estou? Por que existo?).
Um fantasma preso ao mundo que não mais lhe pertence.
Um corpo sem alma a vagar pelas ruas sem destino...
Não há uma utilidade exata para meu ser, nem para ser marionete.
Não posso manipular também, porque seria um engodo.
Há muito a se fazer, no entanto, mas é tudo tão inútil
Que penso que a existência é vazia, um constante passar de tempo...
Tudo o que senti foi tão temporário, que quando tentei me lembrar
Era tão somente uma imitação barata, fora de acordo da originalidade.
E me sentei à margem do infinito, que para mim, era tão finito...
Prostrei-me a indagar as ligações de tudo e só vi relativismos.
Nas incertezas de todos os temas, como definir real e irreal?
Como, enfim, superar esta colossal força do não sentir?
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