Quando me questionas

Quando me questionas
Fujo assustado das respostas
Temo as suas consequências
Procuro abstrair-me do rumo do meu destino
 
Quando me questionas
Sinto-me perdido … uma criança!
Não encontro respostas para te dar
No meu íntimo desejo dar-te o que procuras
A resposta tão ansiada …
 
Quando me questionas
Não sei que dizer para aplacar
A dor deste silêncio tumular
Sentes o amor encarcerado,
no silêncio do meu olhar!
 
Queria tanto dizê-lo
Libertar a palavra
Aliviar a dor que me aflige no peito!
Não posso!
 
Não me questiones mais
Torturas-me com as tuas súplicas
Sofro por ti e por mim, por nós!
Saber que guardo o sentimento
Agrilhoado em meu peito … é dor!
 
Guardo-o. Sabes bem …
Para não alimentar ilusões
De dois seres perdidos
Que se amam calados!

João Salvador
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