O Mar dos Sádicos

 É grande azul e molhado
Areia imensidão de sal
Cheio de mentes calmas e esvaziadas
Sombrio como só pode ser o mal
Donde surgem tantos desorientados
Vejo que não há mais soldados, então
Donde vem tanto sal nesta imensidão
O sol colado nesta água
Faz o quadro dos desocupados melhor
Não vejo paisagem nesta oposição
Fogo e água perdem a cor
Ficam juntos e sem razão
Como risos na dor
Ou beijos sem emoção
Plantas e animais se escondem no fundo
Enquanto navios imundos trafegam
Pessoas se esfregam, defecam
Animais copiam todo mundo
Não se vê tantos sádicos
Assim juntos em sua tolice
Não me sinto alegre em apresentar
Para quem não deseja conhecer
Mas estes foram instantes mágicos
Viva! O Mar dos Sádicos!...