Vivo viveste,
Dando vida a quem é morto.
Estampando quem quiseste,
Gritando mais alto, louco,
Foste.
Te vejo, meu amigo.
Mas não deixa mais doce o visto
A imagem tua – só castigo,
Se é ainda daqui que assisto,
Tão vivo.
Tua voz foi muito alta,
Que ainda não se consegue ouvir…
Esperança não é o que te mata,
É a esperança de não a sentir.
(Que nos vaza…).
Gabriel Nahum
© Todos os direitos reservados
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