O que me fez poesia...

Não te quero exilar de meu coração
- quero que morras nele!
Ofertar-te-ei o fúneral a que fizestes jus.
Lá deixar-te-ei,
tal qual um dia te encontrei.
Cercar-te-ei de orquídeas
e, dia e noite,
enquanto dias eu tiver,
mantê-las-ei viçosas
a cuidarem que os fantasmas
não mais venham me assombrar..
Pedras de ara edificarão sua última morada
e, então,
orarei para que minh'alma,
errante,
finalmente encontre a paz.

izilda flores

São Paulo, 12/05/2006