Invento um vento.
Vento que me folha,
vento me desdobra a
sobra do movimento.
Vento que invento
e me transforma.

Se árvore, dou folha;
se folha, poesia.
Vento, arrepia.
Se vento, voo
sopro
uivo
rompo silêncio.

Vento que quero,
leva-me para o mar.
Depressa! Antes que
a tarde chegue e
a noite acorde
em si, sem dó de mim.

Esta poesia é uma das que tocam de leve as notas e os acordes musicais.

Rio de Janeiro - Outono de 2012

Mirze Souza
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