Um dia qualquer, já que todos são iguais e tediosos.

Um dia qualquer, sem amor e nem dor, vazio igual a ontem.

Um dia qualquer, onde ofereço o que não possuo

E fico pleno por breves instantes antes de me sentir oco feito antes.

 

Vou trabalhar na minha própria metamorfose, a qual, é igual à nada.

Que importa o dinheiro do meu salário se ele não compra minha alma?

Que importa fabricar a paz mundial se eu só fabrico lama?

Faço o que posso... E sinceramente não posso nada.

 

Um dia vieram me levar e eu estava dormindo: Fui.

Estava sonhando que era feliz: Era uma grande mentira.

Eu construía edifícios magnânimos: Mas acordei no barro...

 

Vi toda a minha esperança se converter na lama a qual fabriquei.

A fábrica é minha, tudo bem, mas não sou obrigado a gostar dela...

Assim como não gosto de tanta coisa e vivo impelido a sorrir...