Orquídeas

 Desce o outono com suas asas de vento, fustiga o tempo descortinando a tarde triste e sonolenta.

As orquídeas em sua pureza branca, dormem pálidas nos delicados caules,

sem se importar com a brevidade dos seus dias.

Diferentes da orquídeas roxas, que não querem dormir nunca mais..

querem mais tempo para seus olhos verem mil  infinitos noturnos

na rasa solidão do tempo, que não lhes dá esperança nenhuma.

Na graça do desenho de petalas roxas delicadas faz um resumo do dia.

Haverá ainda primaveras, verões, outonos, invernos vividos...

No recóndito de almas sensíveis sempre haverá uma orquídea.

Cristiane Coradi.

Fica decretado que os dias cinzelados se convertam em lindas manhãs de domingo,
fica decretado que o homem nunca mais precisara duvidar do homem,
como a palmeira confia no vento, e como o vento confia no ar...
cris coradi
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