Toda noite ela vai ao jardim e é lá que dança como uma ninfa. E lá era brindada com o brilho das estrelas e o néctar da vida. A vida que zombava de si, como criança que nada teme, mas que em tudo acredita que espera de tudo,  que nada nega, pois de tudo sorri.
No seu delírio, no seu sonho, na fantasia sempre inacabada, do dia que brinca de ser noite, da melodia que finge ser poesia. Encantando a brisa, e fazendo da vida um sopro. E esse sopro é que faz com que a cada noite ela vá lá querendo ser encontrada,sorrindo, rindo sem saber do que e por que, mas tendo o sorriso satisfeito, pois que a mente está leve, mas o coração está repleto, é assim que sente quando dança.

Dulci Sousa
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