A quem me lê

 

Para você de olhos atentos
Aceita esse meu pedido
Leia-me de coração aberto
Mas, mais aberto ainda o pensamento
Deixe passear todos os conceitos prévios
E usa-me que sou óculos e colírio.

Eu valho  a importância que você me dá
Eu ganho a forma como você me lê
Pouco importa essa mão tola que me desenha em versos
Eu sou quem você vê
Pega-me nas mãos e sente meu metaforísmo
Conversa com minhas estrofes e rimas sobre meus vários sentidos
Depois, por gentileza, me apresente um marca-páginas
Pra que permaneça, nessa minha poética natureza, vivo
Quando fechar minha capa.

Grato, poema conativo.